“PALAVRA DE DEUS” E VIOLÊNCIA. A URGÊNCIA DE UMA LEITURA DESCOLONIZADORA DA BÍBLIA

Autores

  • Luiz Jose Dietrich Dietrich - PUC-PR

DOI:

https://doi.org/10.35521/unitas.v6i1.770

Resumo

Este artigo quer contribuir nas tarefas de descolonização Bíblia e da teologia. Atividade considerada urgente e necessária. Uma vez que a colonização do pensamento atingiu todas as áreas do conhecimento, este trabalho reflete sobre a presença de teologias colonialistas e/ou colonizadas na própria Bíblia e nas teologias sobre a Bíblia. A partir de uma série de referenciais da descolonização das ciências sociais, dos dados recentes da arqueologia e de uma revisão crítica da história de Israel e da história da redação da própria Bíblia Hebraica, conclui que é necessário buscar também a descolonização da Bíblia e do próprio conceito de “Palavra de Deus”, bem como das concepções da Inspiração e da Revelação. Pois, as pesquisas mais recentes deixam claro que grande parte dos textos bíblicos, especialmente os textos e concepções teológicas violentas, na Bíblia e da Bíblia, foram elaborados em aliança com reis e imperadores, dentro de projetos com índole imperialista e colonialista. Ao final sugere que uma leitura descolonizada e descolonizadora deveria buscar formular um conceito de palavra de Deus mais ligado à função do que à origem ou autoridade ao qual o texto é atribuído.

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Publicado

2018-08-30

Edição

Seção

Dossiê: Bíblia e Violências