Reforma protestante, educação teológica e indigeneidade: os pentecostais e os Tupinikim

Autores

  • David Mesquiati de Oliveira Faculdade Unida de Vitória (UNIDA)

DOI:

https://doi.org/10.20890/reflexus.v10i15.353

Resumo

O hemisfério Sul apresenta várias regiões dominadas pela lógica oriunda do Norte. Sem cair nas armadilhas que uma contraposição estéril pode trazer, o propósito deste texto é refletir sobre a necessidade de se replantar a relação da educação teológica sob influência da Reforma, para que não seja mais um instrumento de assimetria, mas que, ao contrário, possa fornecer os elementos da prostestatio e da semper reformanda para que se pense as teologias como inacabadas e os diferentes atores, incluindo os pentecostais e os indígenas, como sujeitos criadores de novos conteúdos e metodologias.  Para não cair em generalidades, o texto pensa um povo indígena específico, o povo Tupiniquim, que está localizado no município de Aracruz, Estado do Espírito Santo (Brasil) e vive em terras indígenas regulamentadas pelo governo brasileiro. Depois de décadas de luta, de migração e de resistência, observa-se no século XXI um processo de maior visibilidade sociopolítica – embora o Tupinikim seja ainda pouco estudado no Brasil. Eles vivem perto de centros urbanos e recebem forte influência das tradições religiosas majoritárias – católicas e pentecostais. A conclusão aponta para a necessária dimensão da indigeneidade na promoção da identidade e condição de sujeito dos grupos que estão à margem, seja em nível cultural ou religioso.

Biografia do Autor

David Mesquiati de Oliveira, Faculdade Unida de Vitória (UNIDA)

Doutor em teologia (PUC-Rio), mestre em teologia (Faculdades EST), Bacharel em teologia (EST) e em economia (UFES).

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Publicado

2016-07-18

Edição

Seção

Dossiê: Tradições Protestantes: Educação, Sociedade e Religião