O PROTESTANTISMO E A MODERNIDADE EM MAX WEBER (1864-1920)

Autores

  • Robert dos Santos Caetano

Resumo

Weber realiza pesquisas em diversos países como a China, o Japão e a Índia; países da Europa e os E.U.A. As suas pesquisas constatam que os países com uma economia mais pungente eram de fé protestante. Ele passa a observar as peculiaridades dos protestantes de origem calvinista, pietista, metodista e seitas anabatistas. Percebe que o protestantismo calvinista é o principal impulsionador do capitalismo moderno. O protestante entende que toda a sua vida é para glorificar a Deus, assim também o trabalho o glorifica e recebe um status religioso. O lucro, então, não é pecado em si. O protestante optou por educação racional e técnica. O seu estilo de vida é simples (frugal) e disciplinado, sem grandes prazeres (ascética) proporcionando acúmulo de capital. A riqueza acumulada (a ideia de poupança) é reinvestida, a este quadro geral Weber enceta o conceito de vocação do trabalhador. Ele percebe que para o calvinista o dogma da predestinação infere em uma individual salvação, daí a fé e a ética entrarem em ação na conduta da vida. A nova força desenvolvimentista calvinista é a que planeja, aprovisiona, faz controle financeiro e é a que dá forma a economia moderna. Esta racionalização (princípios de eficiência) prima na valorização dos cargos e nas habilidades específicas para ocupá-los. Todavia, a conduta de vida metódica calvinista, disciplinada, ética e moral é o que Weber denominou ser o espírito do capitalismo.

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Publicado

2019-10-22

Edição

Seção

Resumos do Simpósio do Mestrado em Ciências das Religiões