TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E A QUESTÃO DA TRANSFUSÃO DE SANGUE

Autores

  • Guilherme Brum Rodrigues da Costa

Resumo

As Testemunhas de Jeová concluíram em 1945 que as transfusõesde sangue são contrárias à lei divina através Sociedade Torre deVigia da Bíblia e Tratados, baseando suas conclusões sobre partesda Escritura: “Tudo quanto se move, que é vivente, será para vossomantimento; tudo vos tenho dado como a erva verde. A carne,porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis”(Gênesis 9, 3-4) e outros versículos citados em Deuteronômio 15,23, Atos 15, 28 e Levítico 17, 10-14. Embora se refiram claramenteao sangue em forma de alimento, um artigo publicado na revista ATorre de Vigia, de 1º de julho de 1951, argumentou que a comida etransfusões de sangue são a mesma coisa, levando as Testemunhasde Jeová a recusarem transfusões de sangue, de glóbulos vermelhose brancos. Embora os princípios da ética biomédica não distingam aautonomia de outros princípios bioéticos (beneficência, nãomaleficência e justiça), a autonomia emergiu como o princípio maispoderoso e tem sido criticada por utilizar de forma aparentementeuniversal princípios como: ignorar contextos socioculturais erelacionamentos, apresentando uma visão geral. Utilizando osprincípios constitucionalmente garantidos da dignidade humana e dodireito de cada pessoa à autodeterminação, bem como liberdade dereligião e liberdade de consciência, as Testemunhas de Jeováenfatizam seu direito sobre o próprio corpo, argumentando que adignidade humana de um paciente prevalece sobre a liberdade deconsciência do médico.

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Publicado

2019-10-17

Edição

Seção

Resumos do Simpósio do Mestrado em Ciências das Religiões