A REVELAÇÃO NOS LIMITES DO HUMANO: UMA PROPOSTA PARA ALÉM DO "SOLA SCRIPTURA" E DO "SOLUS SPIRITUS"

Resumo

A comunicação pretende discutir a revelação nos limites do humano. Para tanto, parte do pressuposto de que esse "lugar" humano e as contingências que daí derivam não foram devidamente consideradas tanto no protestantismo histórico quanto no pentecostalismo, na medida em que ambas as tradições buscam uma suposta “garantia da pureza” da revelação. No protestantismo, essa garantia fora buscada nas Escrituras, afinal, ao evocar a autoridade das Escrituras, os reformadores acreditavam poder garantir a integridade da revelação, dentro de um suposto “ambiente higienizado”; no pentecostalismo, tal segurança fora afiançada pelo Espírito, na medida em que busca alimentar-se da forte expectativa de um encontro pessoal com Deus, cuja imediaticidade supostamente garantiria a pureza da revelação. Ao assumir as limitações e subjetividade humanas inerentes ao processo de recepção, propõe-se aqui uma revelação que se dê nos limites humanos em pelo menos três instâncias: uma revelação que se dê nos limites da história; uma revelação que se dê nos limites da linguagem; e uma revelação que se dê nos limites da vulnerabilidade humana.