A HISTÓRIA DO CANDOMBLÉ

Autores

  • Brunno Ferreira Gomes

Resumo

Ao se analisar a história das religiões afro-brasileiras percebe-se um contexto de inúmeras etnias e culturas, as quais fizeram com que se aproximassem, reelaborassem e readequassem os princípios de sua respectiva fé e, por fim, surgisse uma sincretização de todas as culturas, contribuindo, desse modo, para o cenário de religiosidade que há no Brasil. De tal ‘encontro’ entre etnias se deu a reformulação/interpenetração de crenças e práticas, que somaram na construção de novas religiões; as quais atuaram tanto no sentido de dar suporte espiritual quanto de memória ao povo vindo de África, originário da dispersão do tráfico de escravos. Na verdade, o Candomblé foi uma espécie de instituição de resistência cultural, primeiramente dos africanos e, depois, dos afrodescendentes, como resistência à escravidão e aos mecanismos de dominação da sociedade branca e cristã que marginalizou os negros e os mestiços; mesmo após a abolição da escravatura. Ou seja, denominação de fé de preservação do patrimônio étnico dos descendentes dos antigos escravos. Como religião, o Candomblé tem sua base no culto aos orixás, seres que vêm da natureza, como a Terra, o Fogo, a Água e o Ar, consideradas forças que emanam energia, não apresentando corpo material e mesmo etéreas, mantêm-se em equilíbrio. Introduzidas no Brasil escravagista, as religiões afro-brasileiras, a exemplo do Candomblé, floresceram baseadas na tradição oral e na memória.

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Publicado

2019-08-21

Edição

Seção

Resumos do Simpósio do Mestrado em Ciências das Religiões