RELIGIÃO E POLÍTICA: UMA VISÃO PANORÂMICA SOBRE AS RELAÇÕES DE SABER E PODER DA BANCADA EVANGÉLICA NO CONGRESSO NACIONAL

Autores

  • Marilda Alves da Silva Santos

Resumo

Com o avanço dos evangélicos na política a partir da década de 1980, a discussão em torno da laicidade do Estado se fez mais presente. A movimentação do campo político e religiosos pelos evangélicos introduziu um "empowerment" de diferentes tradições religiosas (embora isto possa parecer contraditório) que, ao invés de negarem o papel da religião no espaço público, passaram a reivindicar um lugar para si a fim de ampliarem a influência de suas denominações e tradições, assim como de suas lideranças e valores, baseados no "discurso dos direitos" e da democracia (demandando um acesso democrático aos bens políticos). A presença dos evangélicos alterou as relações solidificadas que existiam nos campos políticos, religioso e social. Isso porque essa presença deu visibilidade para antigas questões e atores que não eram muito vistos e para situações que não eram acentuadas e legitimamente questionadas, como a própria presença do religioso no espaço público - seja em instituições como Judiciário, Assembléias Legislativas e Câmaras, hospitais e asilos públicos, nas escolas etc. Devido aos acontecimentos atuais na política do Brasil, hoje não se estuda política sem sequer mencionar o fator religião, apesar de não ser um tema novo a participação da religião na política, mas certamente a visibilidade e influência da bancada evangélica tornaram relevantes uma análise e discussão sobre a religião na política brasileira.

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Publicado

2019-08-13

Edição

Seção

Resumos do Simpósio do Mestrado em Ciências das Religiões