O DIÁLOGO, O SERVIÇO E A PARTICIPAÇÃO SOCIAL COMO PRÁXIS RELIGIOSA DA ALIANÇA BÍBLICA UNIVERSITÁRIA DO BRASIL

Resumo

A pesquisa pretende identificar como esse grau de espiritualidade intramundana que incentiva a devoção e o engajamento simultâneos, se estabelece a partir de uma organização de base estudantil, evangélica e voluntária? Como a ABUB, durante mais de cinquenta anos esteve atuando nas universidades, igrejas e de modo sistemático na sociedade? Sua práxis missionária sofreu alguma pressão interna (pelos evangélicos de tradições diferentes), ou externa (quadros políticos, econômicos, sociais, ideológicos, teológicos)? Que alterações ocorreram em sua proposta de diálogo, serviço e participação social? Como acontece sua assimilação? Sofreu alteração e quais foram elas? Porque mesmo com tanta rapidez pela qual os estudantes se envolvem nas atividades (a média de tempo de envolvimento do estudante é de cerca de 3 anos), parecem levar tais práticas para suas rotinas por décadas? O interesse é observarmos como o movimento estudantil tem contribuído para a formação de profissionais conscientes de seu papel na construção de uma realidade mais justa e tem fomentado, nos jovens que passam por suas instâncias de capacitação e formação, um espírito sensível ao engajamento e às questões de sua época. Isso é verificável pelo envolvimento da ABUB nos espaços de construção de política públicas de juventude, de segurança alimentar, de educação e justiça, principalmente pelo compromisso aprendido e assumido em sua práxis religiosa (PADILLA, 2009).