OS EMBATES ENTRE CIÊNCIA HISTÓRICA E RELIGIÃO NA TEOLOGIA ALEMÃ: ERNST TROELTSCH (1865-1923) E A “CRISE DO HISTORICISMO"

Autores

  • Marcelo Durão Rodrigues da Cunha

Resumo

Em fins de oitocentos e início do século vinte, os estudos teoló- gicos alemães sofriam os impactos do paulatino crescimento em prestígio dos métodos e reflexões teóricas da ciência histórica profissional. A ampla difusão da pesquisa empírica e do princí- pio de apreciação individual da realidade passava a colocar em xeque não apenas preceitos teóricos básicos da teologia, como toda a crença em qualquer tipo de transcendência ou concepção metafísica de mundo. O “Historicismo”, termo utilizado para tratar depreciativamente desses “excessos” da ciência histórica, passava a ser entendido como sinônimo de relativismo moral e de ataque aos princípios básicos da crença em valores universais. Em tal contexto, destacar-se-ia a obra do teólogo protestante Ernst Troeltsch (1865-1923) que ao debater o problema do relativismo moral em sua obra Der Historismus und seine Probleme (1922) buscava soluções não-dogmáticas para a “Crise do Historicismo” tanto na própria ciência histórica quanto na história da filosofia. Nesse sentido, a presente comunicação buscará compreender os fundamentos da proposta de Troeltsch, debatendo o seu conceito de Kultursynthese e a sua viabilidade para os debates no campo da filosofia da história.

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Publicado

2019-08-02

Edição

Seção

Resumos do Congresso Internacional da Faculdade Unida