A CONVERSÃO RELIGIOSA COMO MEIO DETERMINANTE PARA A SOBREVIVÊNCIA NO CÁRCERE

Autores

  • Alexandre Jacob

Resumo

A religiosidade é um atributo humano, está em todos os lugares onde o homem está independentemente de sua condição. Pode influenciar e determinar o seu comportamento, posto que a maioria dos sujeitos que se predispõem à integração com o sagrado faz isso de forma constante e rotineira. O cárcere é um ambiente altamente hostil, contudo, é local de vivências, inclusive espaço para expressão da religiosidade das pessoas encarceradas. A pesquisa versa sobre o fenômeno religioso em ambiente condicionado, a conversão nos limites do estabelecimento prisional, sua motivação e consequências e sua continuidade ou não após sua saída desse ambiente. O encarceramento faz parte do processo de interiorização do ser humano. O indivíduo preso vê seus propósitos se desintegrarem ao ser entregue ao Estado e acautelado em um presídio. Sua condenação exigirá nova postura, dada a sua expropriação do convívio social. Sendo a religião fator de interferência no comportamento do apenado, a pesquisa visa analisar quais as eventuais benesses, sob a ótica dos atores prisionais, do processo de conversão, que possam ser vistos como meio de sobrevivência num ambiente hostil como é o cárcere. Considerando que alguns apenados podem vislumbrar na conversão uma oportunidade de obter benefícios, suavizar a hostilidade e sobreviver no ambiente prisional, o estudo é relevante para demonstrar a relação existente entre tal fenômeno e as prováveis benesses, por meio de análise dos internos religiosos e não religiosos.

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Publicado

2019-06-12

Edição

Seção

Resumos do Simpósio do Mestrado em Ciências das Religiões